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Filosofia UCDB 2014
sábado, 5 de abril de 2014
terça-feira, 1 de abril de 2014
Resumo de algumas Concepções antropológicas. (Platônica, Aristotélica, Agostiniana, Tomista, Racionalista, Kantiana, Idealista, Materialista, Darwinista, Chardiniana, Existencialista, Personalista e Arendtiniana.
Antropologia
Platônica
Segundo Platão o homem é
um ser composto de corpo e alma, sendo a alma a parte mais importante dele,
imortal e eterna, pertencendo sempre o mundo das ideias de onde caiu como uma
abobora podre e encarnou-se num corpo humano, ficando presa e constituindo o
homem. O mundo das ideias é um mundo imaterial, eterno e imutável, separado do
mundo sensível, onde se encontra as realidades verdadeiras das coisas, que
existe por si só, independente do pensamento e das coisas materiais. O corpo, como
disse, para Platão é o cárcere onde a alma é aprisionada após cair do mundo das
ideias, este é imperfeito, visível, mortal, o contrário da alma que é perfeita,
imortal, que tende para o bom, que é o mundo das ideias, puro, que conhece
todas as ideias verdadeiras, as quais são esquecidas ao encarnar-se, e
recordada aos poucos pelo processo de reminiscência.
A alma divide-se em três
partes a racional, localizada na cabeça, responsável por guiar a alma para a
verdade que reúne a inteligência, a moral e a lógica, a emocional, alojada ao
peito, que conteria segundo Platão, as emoções superiores, a honra, o ódio e a
justiça, e por fim a censura, localizada no abdômen, que se opõem as duas
citadas anteriormente, correspondendo aos desejos inferiores, carnais e,
portanto desordenada e inquieta.
O amor na doutrina
platônica sobre a alma é um elemento muito importante, pois ele impulsiona a
alma para atingir o bem e a satisfação. Esse bem é determinado pela alma que
prevalece sobre as outras. Portanto se esta for a sensual, a alma não buscaria
o bem verdadeiro, tentaria a satisfação dos desejos, os quais Platão
considerava os mais inferiores, com apetite de ganância. Para ele o ideal seria
que a alma fosse conduzida pelo racional.
A morte em Platão é o processo
de separação do corpo da alma, porém as almas que não estão purificadas, más contaminadas
com as paixões individuais, com a agressividade, a imprudência, com o sensível e com o que contribui para a ação e
violência contra o próximo, valorizando os prazeres do corpo e a busca
incessante das satisfações físicas, com a morte do corpo a alma ainda
compartilha com o mesmo o corpóreo, tendo como verdadeiro somente as coisas
sensíveis, corpóreas, que podem ser tocadas, assim não conseguem realizar a
separação, vagando pelo estado visível, pagando pelo seu modo de viver
anteriormente, até que o corpóreo que está impregnado nela ligue-a á um corpo
que esteja acostumado a viver com o seu modo de vida passado, irracional. A
ignorância é a característica da alma que se apega ao corpo, sendo a filosofia
a virtude das almas que alcançaram a liberdade.
Antropologia
Aristotélica:
Aristóteles ao falar
sobre o ser humano baseia-se na física e constrói sua teoria do homem como hilemorfismo,
de alma (ato) e corpo (potência), sendo essa sem nenhuma negatividade como na
concepção platônica, ou seja, os dois, alma e corpo, são importantes na
construção do ser humano.
O homem na concepção aristotélica sendo dotado de razão se
distingue de todos os outros seres da natureza em virtude do predicado da
racionalidade, esta é a diferença específica do homem.
A alma em Aristóteles é dividida entre,
vegetativa, sensitiva e intelectiva, o que chamamos de Tripartição da alma, Os
entes podem ser determinados por esses três tipos de natureza, sendo a
vegetativa que tem a função reprodutiva e nutricionista, a sensitiva que tem
como função a sensação, percepção e volição e por ultimo a alma racional que tem
a função de intelecção, liberdade. Os homossexuais são pautados pela alma
puramente sensitiva, não é uma prática generalizada, mas em grupos que se dão
apenas por simples e mero prazer, estes homens, são de natureza torta assim
como as mulheres e crianças, por isso são mais baixos que os homens virtuosos,
que se guiam pela alma intelectual, pois sua natureza não os qualifica enquanto
homens racionais.
A virtude em Aristóteles
é o meio termo entre dois extremos, o equilíbrio, e é vivendo este
balanceamento dentro da polis que o homem consegue alcançar o fim ultimo para
qual tende, que é a felicidade, porém esta só é conquistada dentro da polis,
sendo impossível fora dela, já que o homem é um animal político e necessita
conviver com os outros homens. Viver as virtudes é ser feliz. O homem só
consegue atingir a felicidade para qual tende que é naturalmente conhecer, no
bom uso do corpo e da alma.
Antropologia
Agostiniana
Na antropologia agostiniana vimos que o homem é um ser
criado por Deus, e por isso o criador mantem uma relação íntima com ele. Este é
Imagem e semelhança de Deus, superior aos animais pela excelência da alma, que
não é tão perfeita por causa do pecado do corpo.
O homem segundo Agostinho tem sua vontade marcada pelo
Livre-arbítrio, já a vontade divina, plena de amor. O Eu descoberto por
Agostinho enquanto pessoa necessita de algo que não pode ser encontrado nele
mesmo, mas no transcendente, assim direciona suas vistas para o Criador. O
encontro da criatura com Deus se dá no interior do homem, prova de que o
Criador está tão próximo e tão intimo da criatura mais do que o próprio homem,
porém este encontro somente acontece quando o homem se vê no deserto,
angustiado e se propõe em ir à busca da Verdade e para alcança-la é necessário
passar por um confronto entre a vontade humana e a vontade divina e ser iluminado
pela graça de Deus.
Ao encontrar com a Verdade no seu intimo o homem exprime
sua essência que é o amor, ou seja, expressão do seu Criador. Por isso o homem
bom, justo é aquele que ama a Deus e sua criação, é o homem que já encontrou a
sua verdadeira essência.
O homem na
antropologia agostiniana é o ser-para-Deus, ou seja, aquele que em tudo na sua
vida direciona a Deus. Assim podemos dizer que o que dá sentido a vida humana,
a luz que guia a caminhada do homem é o Criador, sem esta, o homem se perde,
não se preenche.
A alma segundo Agostinho é onde Deus se retrata e faz o
seu esconderijo e morada, de onde procede a vida feliz e plena. Esta é a
faculdade nutridora do corpo, que é totalmente dependente dela para viver. E
como o corpo, desprovido de alimento enfraquece a alma sem sabedoria pode ficar
contaminada. A sabedoria para Agostinho é a justa medida, o que mantém o
equilíbrio para evitar os excessos da alma e favorecer a felicidade para a
pessoa. Portanto só vive bem, feliz, aquele que possui a sabedoria.
O pecado para Agostinho é o mau uso da liberdade
de escolha, ou seja, a vontade, que é o critério que distingue o homem dos
outros seres, optada pelo mal, assim o homem que se sede aos seus desejos,
fazendo mau uso da sua vontade, é privado da graça divina, se tornando escravo
do pecado e se afastando do caminho reto. Ele após ter caído, não consegue
reerguer-se, necessitando do auxilio que Deus nos é concedido gratuitamente
para sua regeneração. Assim Deus devolve ao homem a sua liberdade para fazer –
ou não – o bem, de acordo com a sua vontade própria.
Antropologia Tomista
Segundo Tomás o homem é uma
unidade composta substancialmente de alma (forma, razão) criada espiritual,
imortal e subsistente diretamente por Deus, fazendo com que uma dada porção de
matéria seja organizada dotada de vida e corpo (sensação) que é a matéria
perecível, corruptível e necessária à atividade da alma. Sem a alma o corpo dissolver-se-ia nos
diversos elementos que entram na sua constituição, então a água voltaria a ser
água, o carbono a ser carbono, e assim por diante. Portanto a alma é a fornecedora
da existência da vida e do corpo e tem a capacidade de existir separadamente
desse, porém é aperfeiçoada por ele.
O homem para Tomás possui
uma alma diferenciada dos demais seres. Para ele há três níveis diferentes de
alma, ou seja, há a alma vegetal, que não é dotada pela razão, executa tarefas
fisiológicas e não conhece a forma e o fim de sua existência, a alma sensitiva,
que executa as ações num nível diferenciado que a alma vegetativa e a alma
intelectual, essencial ao homem que é dado como animal racional, assim o homem
seria acumulador dessas três faculdades da alma, sendo pela alma intelectual
que se diferenciaria dos demais animais. Essa é a que leva o homem a produzir
conhecimento da realidade
Na concepção tomista o
homem é um ser criado livre e dotado pela razão que necessita da ação divina
para obter o conhecimento da verdade, e em sua condição de criatura compreende em
parte o seu Criador. Cabe a ele decidir sobre suas ações, fazendo bom uso de
razão prática, elegendo meios para alcançar o que busca como o fim último que
deve ser Deus, porém livremente escolhido por si.
A escolha da realização
do bem, do que é justo, implica uma capacidade racional e é para essa
possibilidade de escolha, entre inúmeros outros valores, que o homem consegue a
liberdade. O homem virtuoso é aquele que vive em equilíbrio, é prudente e
feliz. O contrário disso o mal fará dele prisioneiro.
A antropologia tomista parte da realidade como princípio
gerador de conhecimentos que conduz à características do homem como bondade de
Deus. Conhecer a verdade para Tomás é viver na sociedade e em harmonia seguindo
as leis.
Antropologia Racionalista:
Compreender o homem na
concepção racionalista é compreender o método que o compreende, ou seja, temos
que primeiro compreender o método para depois compreender o ser humano, pois
segundo Descarte, aquele que conhece e se conhece tem poder inclusive sobre o
ser humano.
O ser humano é ideia de
pensamento e não alma, ou seja, o homem é a razão, e a alma está no pensamento
humano. Portanto aquilo que não pensa, não é humano.
A Metafisica moderna é o
como chegar ao ser? Como conhecê-lo? É repensar um conceito que não estava
claro, de substância vaga, obscura.
A
alma nesta concepção esta é ontologicamente superior ao corpo, ou seja, diz
mais sobre o ser humano que o corpo.
Segundo os racionalistas o
corpo é feito de uma natureza corpórea e a alma incorpórea e se juntando formam
mais uma substância pelo processo de helemorfismo, ou seja, a alma e corpo
existem de formas independentes e ao se juntarem, porém sem tocarem-se formam o
ser humano.
Segundo Leibniz existe
uma substância chamada monodas de forças metafísicas que não conseguem se tocar
de nenhuma forma, são forças independentes, autônomas que se interligam através
da percepção da outra, pois não mantém nenhum tipo de comunicação, ou seja, são
fechadas em si mesmas e mantém-se em harmonia. O corpo e a alma são harmonia de
mônodas que harmonizam entre si.
Antropologia Kantiana
A antropologia Kantiana
não se apoia no que o homem é, pois segundo ela, não temos esta resposta, mas
sim, no que ele pode ser. Kant foi um grande sistemático rigorista, principalmente
na cultura alemã, considerado o maior ilustrado.
No que se refere ao
homem, Kant abre quatro questões, O que posso saber? O que tenho conhecimento?;
O que fazer, de que modo proceder, agir; o que esperar num sistema politico,
religioso?; e o que é o homem, de modo a antropologia é em Kant é um composto.
Kant vê a antropologia de um ponto
de vista pragmático e egoísta lógico, moral e estético, o homem, segundo ele,
não age livremente e agindo no tempo está sempre condicionado pela mudança.
Existe várias resposta sobre o que é o homem, porém Kant
parte de um conhecimento do ser humano como cidadão do mundo, ou seja, o que o
homem faz de si mesmo, ou pode e deve fazer, faz como ser que age livremente
estando em contato com outras pessoas. O homem é um ser por excelência livre, entretanto
condicionado pelos pareceres da natureza. Esse é o único ser na natureza capaz
de estabelecer um fim para si e ao mesmo tempo fazer da felicidade de outrem o
seu próprio fim. Distingue-se dos outros seres vivos por causa do eu em sua
representação, possui a faculdade de pensar, isso faz dele superior aos outros
seres.
Vale ressaltar também que Kant faz uma crítica ao homem por
manter-se no estado de menoridade. Segundo ele o homem tem a capacidade de
engendrar seu próprio progresso, sua própria criação e elevação pessoal, porém
isso só torna-se possível quando ele assume a alteridade deixando a menoridade,
que é a dependência de outrem.
Antropologia
Idealista
A antropologia idealista sustenta que a ideia é a essência
da realidade, ou seja, o real é redutível à ideia. O ser humano nada mais é do
que um desdobramento das ideias, tal qual sua identidade, a lógica, assim o ser
humano também é uma ideia que se desdobrou. Também vimos nesta visão que o homem faz parte
de um sistema completo e acabado.
O homem como ser no tempo está no seu papel e na sua
condição de parte de sua totalidade viva, dentro do processo de movimento que
não tem princípio e fim.
O Estado é expressão mais acabada do espirito absoluto, e
é ele quem dá ao sujeito o papel do cidadão, ou seja, é o doador de tudo o que
o homem poderia ostentar como seus direitos e seus deveres, sendo assim ele não
pode negar o Espirito, mas sim a manifestação do Espirito sobre ele, inclusive,
tem a liberdade para suicidar-se, porém ainda assim permaneceria sendo
determinado pelo Espirito, pois faz parte de um todo do sistema, por isso não
tem uma liberdade incondicionada, ilimitada. Se ele faz parte de um movimento,
não poderá sair dele sem uma consequência, ou seja, não pode deixar de ser o
que ele é, ou, não pode livrar-se do Espirito, sendo que faz parte deste.
Segundo idealistas, o homem exercendo suas manifestações
dentro da sociedade tem um papel muito relevante do que nele é mais acabado, ou
seja, o homem também faz parte do processo dialético, por isso não se pode
falar de individualidade em Hegel e sim num processo que perpassa a tudo e
todos, fazendo um mesmo e único movimento. Assim individualidade é o contrário do
idealismo.
Na busca de sua identidade o próprio homem deve reconhecer
a parcela de contribuição dentro o todo, desalienando-se e reconhecendo-se como
parte de um todo, assim ele se apropria dos elementos fornecidos pelo Estado.
Em geral o absoluto é o infinito, o eterno que engloba
todas as relações possíveis e reais.
Antropologia
Materialista
Na visão materialista de Feuerbach, a qual os homens
cresceram e se desenvolveram como produtos da natureza que são. Fora da
natureza e dos homens e os entes superiores nada existe, são coisas criadas por
nossa imaginação religiosa, ou seja, nada mais são que outros tantos reflexos fantásticos
de nossa própria essência.
O materialismo em Feuerbach tem seu fundamento
no homem, ou seja, é um materialismo que gira em torno do humanismo e segundo
ele o homem também é um “objeto sensível”. Segundo ele o mundo (humano) já é
uma realização do homem, mas de um homem que ainda não apreendeu (de forma
prática) sua essência. Assim o homem que decide buscar a verdade e liberdade
não tem outro caminho a não ser passando por um processo doloroso.
Feuerbach mostra que a meta do homem
é a de compreender sua humanidade, sua natureza humana, assim entende-se que
seria preciso derrubar todas as construções que fazem do homem uma criatura
rebaixada, escravizada e desprezível, pois, segundo ele o homem é um ser
isolado, contemplativo, assim toma-se a “essência” do homem na solução dos
problemas da religião.
O homem para Feuerbach abstrai-se as relações sociais e a
história, diz ele que o homem surge sem um “ser social concreto”, e só
apresenta uma consciência com uma base natural-sensitiva.
Antropologia
darwinista
Darwin foi um naturalista britânico que contribuiu
muito para a questão da evolução humana a partir de animais mais primitivos. Ele
desenvolveu a ideia de que a mente humana e culturas foram desenvolvidas por
meio de seleção natural e sexual decorrente da sobrepopulação num mundo
de recursos limitados
Darwin descobriu que o princípio geral da origem
das espécies, se da no processo de transformação orgânica, Assim esclarece o domínio da domesticação dos animais e do cultivo de plantas. As inúmeras raças
e espécies de animais e vegetais criadas artificialmente mostra segundo ele a
maleabilidade e a capacidade de transformação dos organismos vivos.
A ideia de que não havia mais uma clara separação
entre homens e animais fez com que Darwin fosse lembrado como aquele que
removeu o homem da posição privilegiada que ocupava no universo, ou seja, é
possível falar do homem antes de Darwin que ocupava a posição do centro do
universo e após Darwin numa categoria igual aos dos outros animais, tendo a
mesma capacidade de mutabilidade que eles têm.
Para Darwin, a luta humana pela sobrevivência
constitui o modelo para todas as espécies, ou seja, todos os organismos estão
envolvidos numa feroz luta pela
existência.
É importante ressaltar que o mecanismo proposto por
Darwin vale tanto para a mudança como
para a adaptação, porém, isso
não significa evolução.
Antropologia chardiniana
Na visão chardiniana o homem é o
espirito encarnado, que busca pela sua auto-compreensão.
Na sua visão, Chardin diz que o homem
não nasceu por acaso, mas de um longo processo de evolução, que tem suas raízes
no Universo, e toda evolução é orientada e finalizada para o homem, assim ele
torna a flecha mesma da evolução. Segundo Chardin o homem é uma realidade que
tende para a evolução e ápice do universo, ou seja, para um ponto final.
O homem é um ser pessoal, criado livre
e tende para o ultra-centro, que seria o ponto final para qual tente toda
evolução, porém o homem só pode chegar a ele, num processo de união na
liberdade por meio do amor, pois somente este, unifica e sublima as
consciências rumo a um ultra-centro.
O ultra-centro para Teilhard um Ser
pessoal, sumamente amável capaz de atrair a Si todos os homens e amá-los
eternamente.
Para ele o homem se distingue dos animais
principalmente pela capacidade de reflexão, como fenômeno tipicamente humano.
Ao mesmo tem que sua visão se baseia na
ciência também tem por base uma visão cristã do homem. Para ele só pode ser
suscitado no homem a genial intuição de que a evolução não parou, com o
aparecimento do homem, mas continua a nível da noosfera, dirigindo-se para uma
evolução incessante cada vez mais acentuada de socialização se de fato ele
tiver uma autêntica fé em Cristo Ressuscitado.
Na obra prima “O Fenômeno Humano”
Chardin tem objetivo colocar o homem
acima de todos os outros seres e de afirmar
que ele se dá dentro da história do cosmo, sendo Jesus o centro dos dois.
A humanidade para Chadin, apesar de suas deficiências e limitações sente
cada vez mais a necessidade de unir-se uns ao outros para caminhar rumo a Deus
que pode saciar sua sede de felicidade e de realização pessoal.
Antropologia
existencialista
Na antropologia existencialista vimos que o homem é a
presença neste mundo, ou seja, o homem é no mundo, sendo que o mundo e o ser
humano existente e vivem numa certa tensão, não se juntam e não se separam,
porém vivem mutuamente.
Segundo
esta visão o homem é o único capaz de questionar sobre sua própria origem, ele
como ser participa de uma vida política, científica e econômica, ou seja, está
em luta constante contra o mundo, por isso podemos dizer que ele é mais que uma
individualidade empírica.
Na visão do existencialista Sartre o homem é privilegiado
por ter a capacidade de sentir sua interioridade, o que já as outras coisas não
podem. Diz ele que o homem é um ser livre para criar a si próprio, assim como
também os objetos exteriores a ele, por isso enquanto o homem existir ele
estará escolhendo, pois está destinado a isso. Ao afirmar que o homem é
responsável pelo seu próprio destino
Sartre diz que é o que podemos considerar como responsabilidade social do
homem, o que causa angustia, pois ele sabe que não basta escolher a si próprio,
terá de se responsabilizar pela humanidade inteira, que é onde se encontra o valor
do ato de escolher uma ação.
Outro existencialista é Kierkegaard, e segundo ele a
característica própria do homem está em sentir-se obrigado a formular uma opção
livre, pois é através da reflexão que o “eu” se torna sujeito, afirmando e
conquistando sua liberdade. Liberdade que pode ser aventura ou risco,
dependendo de como ele vai enfrentar os sentimentos que cairão sobre ele ao
tomar consciência do seu “eu” no mundo. Segundo Kierkegaard, os sentimentos de
ansiedade angústia e náusea são os principais que atinge o homem fazendo com
que ele experimente um sentimento de total abandono, assim, apreenderá e
saboreará suas infinitas responsabilidades, pois após conhecer suas limitações
o homem compreende a si mesmo e aos outros.
Mais uma questão que foi discorrida
em sala aponta-se para os existencialistas católicos que acreditam que o desespero
da condição humana é passageiro, pois a esperança sempre será a condição
essencial de uma existência, como para Jaspers como para os outros a existencialistas
católicos, a existência não se resume em apenas uma nova realidade, mas sim a
sede de um mundo ordenado e espetacular.
Antropologia
Personalista
Na visão personalista o ser humano é composto pela matéria
e espírito, ou seja, cindia num dualismo. Estes são para o personalismo tanto
quanto interessantes para a formação do homem, sendo que este é um ser natural,
pois por ter um corpo faz parte da natureza e também transcende, pois é o único
capaz de fazer reflexão, de amar e de cooperar com Deus, sendo livre e não
pré-determinado como os outros seres, assim a personalização é a
individualidade que rompe com o determinismo da matéria.
Nesta concepção considera-se o ser humano como um todo
indissociável de matéria e espírito. Assim ao contrário do idealismo o
personalismo acredita que a materialidade existe, porém não se pode prender-se
nela, mas ultrapassa-la num processo de personalização. Assim toda realidade
segundo o personalista Mounier, tem como fim último um processo de
personalização, a afirmação como pessoa por meio das relações.
Para o personalista Mounier, o ser isolado, individual,
egoísta, deve passar pelo processo de personalização, pois somente assim poderá
ser chamado de pessoa, ser pessoa, logo, é sair de si e ir em direção ao outro
num gesto de doação, para compreendê-lo na gratuidade.
O que funda a pessoa é o processo de comunicação, ou seja,
não se pode pensar a pessoa fora da proposta de união, pois só se pode
constituir pessoa na relação com o outro.
Segundo Mounier, a pessoa possui uma exterioridade e uma
interioridade, porém ela não pode viver somente na exterioridade numa atitude
de fuga ou fazer da sua interioridade uma evasão da sociedade. Assim podemos
afirmar que a pessoa é uma interioridade que tem necessidade duma exterioridade.
A liberdade segundo o pai do personalismo deve ser aceita
como um dom. Construída e conquistada incessantemente pela pessoa, a partir do
momento em que ela escolhe ser livre, porém se recusada é mesmo que impedir
chances maiores de realização da vida pessoal. A liberdade só tem sentido se
for para uma libertação e uma personalização do mundo e dela mesma, pois há
condições para a ação de ser livre.
Antropologia arendtiniana
A antropologia arendtiniana
busca esclarecer o que torna o homem, homem? O que torna o ser Humano? Segundo
ela, seria o pensamento, este não de forma contemplativa, mas num processo,
longo e rigoroso de maneira mais humana. Assim se faz a pergunta: E o
totalitarismo tinha retirado a capacidade dos homens e mulheres de pensar, eles
deixaram de ser humanos? Segundo ela, eles transformavam-se em seres sem vida,
que repetiam ordens sem refletirem, ou lutavam única e exclusivamente por sua
sobrevivência. Afirmaram assim que o homem na visão de Hannah Arendt não
sobrevive, o homem vive.
Segundo os expositores de suas ideias para Hannah o fim da
vida é a morte, mas o homem não vive por causa da morte, mas porque é uma
essência que tem vida, da mesma forma pensa porque é uma essência pensante.
A pergunta que se faz é: O homem pode agir sem pensar?
Segundo seus leitores, é possível por instinto, e continuaria sendo homem,
porém vulnerável ao mal, ou seja, o não pensar torna-nos vulneráveis ao mal.
A consequência para quem agir dessa forma, por instinto, e
praticando uma ação má, deve ser a mesma punição de quem agiu desta forma usando
de uma intenção pensada.
O mundo para Arendt é o que os homens têm em comum, é o
que faz com eles vençam o nível natural saindo da mersão biológica no reino da
natureza.
Ciência e Senso comum segundo Rubens Alves. Acadêmicos: André Luiz e Adriana Benites
O Senso Comum e a Ciência
O cientista virou um “mito”, ou seja, é uma
pessoa que pensa melhor do que qualquer outro indivíduo, prova disso é que se
fecharmos os olhos para pensar em um cientista, teremos diversas imagens de
autoridades do saber (Rubens
Alves, 1981. p.07). Isso tudo, são imagens
mostradas pela televisão e outros tipos de meios de informações midiáticas, que
de certo modo nos coloca como inferiores aos cientistas. Em outras palavras, os
cientistas fazem parte de uma classe, “que supostamente existe”, especializada
em pensar de maneira correta, sendo que todos os outros indivíduos são
liberados da obrigação de fazê-lo. Sendo assim, o que nos resta é simplesmente
fazer o que os pais dos saberes, os cientistas, nos mandam.
Na sua tese de 1981, Rubens Alves, nos
convida a acabar com o mito de que os cientistas são pessoas que pensam melhor
do que as outras, pois todo mito é perigoso, já que ele induz o comportamento e
inibe o pensamento. Segundo Alves, deve-se atentar para o que a ciência mostra,
pois o que ela revela como certezas são apenas pequenos fragmentos do real que
são estudados, tão somente isso. Seria
como se todos tivessem uma janela pela qual pudessem ver o mundo, e tivesse
algumas pessoas que de sua janela vesse melhor a árvore que está longe da outra
janela. Resumindo, os cientistas são especialistas de uma única técnica,
reduzem o mundo, o real, em apenas um pequeno fragmento da área que ele se
especializou, assim como o pianista, que se especializa em uma única técnica.
A ciência não é uma novidade do ser humano,
um órgão novo de conhecimento, mas sim uma potencializadora das extensões do
real fragmentado, uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a
todos, ou seja, uma hipertrofia de capacidades que todos possuem (Rubens Alves, 1981. p.09). Ela não consegue ter uma visão ampla das outras áreas
em sua volta, foca tão somente no seu pequeno fragmento retirado do senso
comum.
A
ciência é um processo de desenvolvimento constante e progressivo do senso comum,
ou seja, depende totalmente deste. Assim, através de técnicas mais rigorosas
que o senso comum não possui, ela consegue ir mais fundo em seus estudos. Sem o
senso comum a ciência não poderia existir, apesar dela menosprezá-lo, dando
este nome com o significado de que ele está abaixo de seu nível, pode-se
afirmar que só se pode ensinar e aprender partindo do senso comum que possuímos,
nos afirma Rubens Alves.
A aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento progressivo
do senso comum. Só podemos ensinar e aprender partindo do senso comum de que o
aprendiz dispõe. A aprendizagem consiste na manutenção e modificação de
capacidades ou habilidades já possuídas pelo aprendiz. (Rubens Alves, 1981. p.
09)
O que a ciência faz é explicar o real de maneira
precisa, formal. Ela observa, aperfeiçoa e sofistica o senso comum, mediante
suas tecnologias avançadas.
Tanto para a ciência como para o senso comum,
ser bom é ser capaz de inventar novas soluções para novos problemas, criar
coisas novas a partir das coisas velhas. A base tanto da ciência como do senso
comum, consiste em compreender o mundo a fim de viver e sobreviver melhor, ou
seja, são as mesmas. Porém, o mundo sobreviveu cerca de quatro séculos sem algo
que se assemelha a ciência de hoje, e com esta, que se diz superior ao senso
comum, com seus avanços, estamos correndo sérios riscos de sobrevivência (Rubens Alves, 1981. p.16).
No senso
comum vemos sobre, o que não é problemático não é pensado, ou seja, é a partir
de um problema que o pensamento é forçado a trabalhar. Quando as coisas não vão
bem, ou quando alguma coisa incomoda é que o pensamento entra em ação, assim,
todo pensamento começa com um problema e quem não é capaz de perceber e
formular problemas com clareza não pode fazer ciência, (Rubens Alves, 1981. p.18).
Para Alves (1981), as pessoas tem o poder de
imaginar o real em suas mentes. Este poder mágico do pensamento de simular o
real, antes das coisas acontecerem, por causa da existência de uma ordem na
natureza, permite o levantamento de previsões, hipóteses. O espanto perante a
ordem é a primeira inspiração da ciência. Quando um cientista enuncia uma lei
ou teoria, ele está apenas contando como funciona a ordem. Sempre procede-se de
maneira ordenada, pois se pressupõe que haja ordem. Se não houver ordem não há
problemas a serem resolvidos, já que o problema é construir uma ordem ainda
invisível de uma desordem visível e imediata.
O problema é descobrir uma ordem, que se
pressupõe que exista. Dessa forma é que se começa a entregar a um problema que
julgamos poder resolver com os recursos dos quais dispomos. Um problema só pode
ser considerado problema, se produzir perplexidade e incômodo a alguém. A
primeira tarefa que se tem diante de um problema é ver o problema com clareza,
que não é a mesma coisa que dizer com clareza, mas, possuem uma intima relação,
pois só diz com clareza quem vê com clareza. Dizer com clareza é a marca do
entendimento, da compreensão, é indicar as partes que o problema se compõe. É
esse procedimento que se dá o nome de análise, sem essa não pode resolver
nenhum problema, pois é inútil, tolo tentar responder uma questão que você não
entende (Rubens Alves, 1981.
p.26).
Diante de um problema deve-se tomar decisões
inteligentes, que segue o caminho inverso da ação. Começando de onde se deseja
chegar, evita-se o comportamento errático e desordenado a que se dá o nome de
“tentativa e erro” (Rubens
Alves, 1981. p.27).
“O sábio começa no fim; o tolo termina no
começo” por mais que pareça estranho, pode-se raciocinar como se o fim fosse o
ponto aonde se deseja chegar, se ainda não se chegou lá, não posso saber como
será, mas o fato é tão somente por ter pensado o fim que posso procurar o que
falta para completa-lo (Rubens
Alves, 1981. p.27).
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:
ALVES,
Rubens. FILOSOFIA DA CIÊNCIA.
Introdução ao jogo e suas regras. Ed. Loyola. p. 07-27, 1977.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Algumas dicas para o estágio de 2014.
Aula de estágio 15/02
Pegar na escola: visita e apresentação da carta
·
Horário do professor e visualizar o horário que você
tem disponível.
·
Calendário para verificar os dias q são letivos.
(matou 10h)
Realidade da escola:
·
Mesma coisa do projeto passado verificar somente se
muda o numero de salas de aulas (se aumentou ou diminuiu)
·
Tomar cuidado com a data, mudar mês e ano do projeto
do ano passado.
Observação:10h
·
Escolher a sala para dar a carga horária.
Pegar no referencial o que será trabalhado no bimestre.
Regência na disciplina exclusiva de filosofa:
·
Quem fez projeto pensar pensando a vida faz somente
30h de regência.
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Pode escolher somente uma turma, no horário q tem
disponível.
·
A regência não precisa ser na mesma sala que você
realizou a observação. Ex. você pode fazer a observação nos 1º anos e fazer a
regência nos 2º anos.
·
Dependendo do professor e do período que você pegou
para reger, pode ser que você precise dar avaliação para a turma que está
regendo. (pode cair na semana de prova).
·
Se tiver um grupo na mesma escola pode entregar
somente o relatório diferenciado, no mesmo bloco (chumaço) de trabalho. ( cada
um faz seu relatório individual, junta todos no mesmo trabalho).
·
Se aplicar um projeto filosófico de acordo com o referencial,
o professor poderá concordar que abaterá as 60hrs.
Elaboração do projeto e minicurso, plano de aula:
·
Se ficar somente na regência, é só pegar com o
professor o que ele preparou e o que vai mudar é somente a pedagogia.
·
Os minicursos poderão ser no intervalo e contar como
regência também.
Planejamento:
·
O professor coloca
várias metodologias no planejamento de aula que não são possíveis aplica-las em
50 min.
·
O aluno pega o plano de aula do professor, mas não se
ocupa da mesma metodologia, ele deve refazer algumas considerações.
Reunião:
·
Participar reunião pedagógica ( reunião com professor
para preparar o plano de aula)
·
Participar da reunião de pais
Elaboração dos relatórios avaliativos dos projetos,
regência:
·
Relato daquilo que você fez na instituição.
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Fazer em casa.
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Detalhes do que aconteceu na instituição.
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Fazer por dia os detalhes importantes do que
aconteceu.
22-03 dúvidas em relação ao estágio.
Dia 08/03: técnicas
metodológicas em sala de aula ( aula no laboratório)
Ficha de
identificação do estágio supervisionado ( pegar esta ficha na pasta de estágio,
preencher, pegar carimbo do diretor e entregar na aula do dia 08-03.
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